quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Comer, rezar e amar.


Comer.
A primeira coisa que vêm a cabeça é mais abaixo do cérebro.
Mas tem a gastronomia. A alquimia dos sabores. Aí se eleva um pouco o pensamento.
Se mantém entre o estômago e o cérebro. Boa coisa. Bons vinhos, a mistura entre temperos, odores, sabores e... "aquilo". Muito bom. Muito ligado ao prazer. O prazer de comer. Combinação de sentidos, mistura de sentimentos, uso dos sentidos... Visão, paladar, tato, olfato... resumindo... prazer.
Rezar.
Bem mais complicado. É bem mais acima do cérebro. A troca: eu faço bem feito, recebo a felicidade. Causa e efeito? Carma? Alquimia do pensamento. A elevação do pensamento é fundamental. Se mantém entre o céu e o cérebro. Boas ações. Mistura de racionalidade e sublimação. A luta entre o conhecimento e a sensibilidade. Luta entre a culpa e a libertação, entre a matéria e o espírito. Matéria, muitas vezes, é igual a dinheiro, consumo, ganância, preconceito, poder, domínio... complicado... Muito do sentido da existência. Uma necessidade de cada um. Talvez a mais importante observação de nossa caminhada.
Amar.
Não sei se estamos prontos para isso. Muito mais que os dois primeiros itens. Está entre o céu e o divino. É bem mais acima de que qualquer sentimento humano. Alquimia da paz, do bem estar e do pensamento também, porque não? Incondicional, fundamental para que ele exista. Não há luta.
Amor é a elevação, felicidade, olhar, sorriso sincero, humildade e principalmente: doação. Doação.
Vivemos entre o comer e o rezar. Na maioria das vezes muito mais perto do comer, de vez em quando pendendo ao rezar. Mas acho que quase sempre um pouco longe do amar.
Então... será que não está na hora de mudarmos um pouco a faixa? Será que não conseguimos virar o disco?
Acho que dá sim. Se não... pelo menos dá para tentar.