terça-feira, 8 de maio de 2012

A insustentável leveza do ser


É impossível não acreditarmos que somos espíritos. Tem momentos que nos sentimos tão  leve que nosso corpo realmente parece ser uma prisão dos nossos sentimentos, pensamentos, uma ferramenta limitada para a grandeza, para a força e ao mesmo tempo a sutileza de nossas emoções.
Aqueles momentos em que estamos flutuando com a música, sentindo amor por alguém, quase se misturando entre os odores da vida. Momento de alegria, felicidade, mais que isso, momentos de paz. E por nada, por simplesmente estar vivo.
Envolvido em lembranças, saudades do que vivemos, do que não vivemos, de pessoas, de lugares... Nestes momentos estamos nos lugares, estamos com as pessoas, vivemos sem nenhuma necessidade de nosso corpo. Não precisamos ser bonitos, inteligentes, fortes, não é preciso falar nada, simplesmente... ser.
O corpo é importante para nos expressarmos, executarmos tarefas, interagiramos, mas quando interagimos com nosso mundo ele não é mais necessário. Um sonho! Este sim, momento de libertação. Voamos, estamos em todos os lugares, ao mesmo tempo.
Esta leveza se perde quando acordamos, quando despertamos, quando estamos voltado para fora. Estado insustentável com tantas coisas para nos distrair.
Como diz o guru, há momentos que sorrimos com o coração.
Opa, o telefone, chamando para voltar ao mundo físico. Bom que, mesmo interagindo com o mundo externo tenho certeza que há um mundo muito mais leve dentro da gente. É só fechar os olhos, escutar a respiração e boa viagem.