quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A vida é um jogo de futebol


Precisamos competir uns com os outros e há um tempo para isso. É necessário estarmos unidos a um time, uma tribo, uma corporação... Todo time tem um craque, que quase sempre tenta ser imitado.
É necessário seguir um técnico, um líder.
Todos corremos, todos os dias por um gol. Um gol apenas. Pode ser um grande emprego, a sena ou um grande negócio. Eles existem: os gols! Então porque não ser eu o artilheiro?!
O imponderável está sempre presente, tudo pode acontecer. O futebol é dos únicos esportes que permitem a uma equipe inferior sair vencedora.
E tem o juiz! Pessoa que tem o poder de julgar, decidir e principalmente errar. Sim, o juiz. Erro as vezes casual, as vezes proposital, mas que influencia diretamente o seu percurso.
Tem também os dirigentes, melhor não comentar.
E agora, os principais ingredientes finais: a paixão, a torcida e a esperança.
Ah... a esperança, essa faz milagres.
E por tudo isso, ganhamos dinheiro.
O futebol é formado por uma matriz, uma matriz que forma grande parte da vida das pessoas deste mundo. Por isso é tão querido. Ultrapassa fronteiras, religiões, raças, sexo, enfim, quase tudo, e, as vezes, é até fanaticamente seguido. Isso pela identidade que existe entre ele e nossa matriz de vida.
Nós vivemos dentro de matrizes. Preste a atenção como médico tem cara de medico, músico tem cara de músico, político cara de político, bandido de bandido, gari de gari e assim vai. Assumimos uma matriz e vamos nos moldando à ela. Quase sem perceber escolhemos uma matriz para viver e vamos com o tempo adquirindo todas as suas simbologias, comportamentos e acabamos vivendo dentro dela, com o custo da própria vida. Se outro escolhe outra matriz muito diferente da sua; aí vem o preconceito. De novo ele. Ele sempre aparece!
De vez em quando percebemos que está tudo errado, então assumimos outra matriz. Mudamos nossos hábitos, modo de vestir, modo de falar, tribo, e como um passe de mágica, estamos diferentes. Diferentes? De quê mesmo?
E assim caminhamos analisando... pensando... mas no fim estamos dentro de uma matriz. Que coisa não? Acho que um exercício interessante para nossas vidas seria desconstruirmos as matrizes em que vivemos. Como seria o mundo? Seriamos nós mesmos. Que medo!!! Ou será que seríamos felizes?