Somos atores em um mundo que sempre está em
cartaz.
Somos personagens concomitantemente felizes e
tristes, em conflito e paz, chegando e partindo, sempre, por toda a eternidade.
Quando chegamos assumimos um papel, por vezes
importante, ou melhor, sempre importante para nós mesmo.
Se escolhemos chegar no passado, é no passado que
vivemos. Se escolhemos o futuro, é no futuro que se dá nossa nova vida, mas enquanto
estamos aqui, só podemos viver no presente desta grande obra teatral que está
sempre acontecendo, em todos os tempos, ao mesmo tempo. Assim podemos entender
a não existência de passado, futuro e presente ou pelo menos a não existência
linear do tempo.
O tempo não existe!
Hora de partir? Não, apenas de repensarmos nossas
atuações e voltarmos novamente ao palco terra. Palco e Mãe, por vezes, palco e
diretor.
Que tempo devemos viver agora? Talvez é necessário
voltarmos para aprender aquilo que não conseguimos entender, ou muito a frente,
podendo desfrutar de outros sabores e emoções. Estamos evoluindo.
Mas não podemos nos esquecer nunca, enquanto
estivermos aqui só podemos viver aquele minuto do presente.
Este é o nosso bom presente, vivermos sem a
tristeza da lembrança de nossos erros e enganos. Soltos, livres, sem noção do
que vem pela frente. Que bom!
Mas de novo é hora de partir. Partir não,
repensarmos e aprendermos novamente. Momento para lembrarmos de tudo e termos
uma nova chance.
Voltar ao palco e aprender, mais e mais...
Assim é o ciclo.
O ciclo das encenações, dos personagens, das
vidas, dos encontros e desencontros, o ciclo da evolução... eterna evolução.
O importante é pensarmos, que papel escolhemos
para nossa encenação neste momento?